Certa noite, vagueava eu sem destino por uma sombria alameda, quando ouço um enorme rebuliço. Era um jovem afogueado, vinha a fugir de dois homens encapuçados. O jovem chegou-se a mim e disse:
- Estou a ser perseguido, vi um assalto e agora estou a ser perseguido pelos ladrões!
Como não podia fazer mais nada, digitei o número da polícia no meu telemóvel e estendi-lho.
Ele encostou-o ao ouvido, e em voz assustada exclamou:
- Por favor, ajudem-me! Estou a ser perseguido, estou na Rua da Floresta.
Desligou o telemóvel, estendeu-mo e balbuciou:
- Obrigado.
Dito isto, escondeu-se rapidamente atrás de uma árvore, mas nesse momento um dos ladrões viu-o e agarrou-o.
- Larga-me! Disse o jovem amedrontado. - Eu não conto nada, juro!
- Largar-te!? Não contas nada!? Exclamou o homem. - Pois claro que não contas nada, não contas porque vais estar com um balázio nessa tola mal o meu colega chegue!
Mal tinha acabado de pronunciar esta frase, ouviu-se um ruído e vários agentes da polícia rodearam o homem. Nem foi preciso falar, este largou imediatamente o jovem. O ladrão foi algemado e levado por um dos agentes.
O jovem foi interpelado pelo chefe da polícia que o agarrou pelo ombro e o conduziu até uma ambulância estacionada ali perto.
1 comentário:
Escreveste uma história em que o final é feliz.
Não era suposto o homem ter levado o balázio e morrido? E haver muito sangue pelo meio?
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