Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.
Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.
Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampámos, inda o Sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos,
E pão-de-ló molhado em malvasia.
Mas, todo o púrpuro a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!"
É possível notar neste poema o contraste entre o campo e a cidade, contraste esse que é também notado na natureza humana (mulher do campo e mulher da cidade).
Cesário adora a vida no campo, acha-a mais calma e sincera, as pessoas são ingénuas e puras, o que lhe suscita o enorme fascínio que é traduzido na sua poesia.
A primeira estrofe, descreve uma acção simples, "em todo o caso dava uma aguarela",faz lembrar algo parado, em que há pouco movimento e nada de anormal sucede. Cesário faz também neste verso uma ligação a uma imagem pictórica.
Na segunda estrofe, Cesário descreve e atribui espaço ao poema, "A um granzoal azul de grão-de-bico", mais uma vez, Cesário cria uma imagem no nosso pensamento, uma ideia do que representa.
Na terceira estrofe, Cesário faz uma pequena referência ao tempo em que se encontra e continua a sua descrição do espaço: "Pouco depois, em cima duns penhascos","Nós acampámos, inda o Sol se via".
Na última estrofe, Cesário utiliza a comparação e tenta expressar que algo de belo ocorreu "Dos teus dois seios como duas rolas".
No oitavo e no décimo sexto verso, aparecem os versos que dão mais centralidade ao poema, "um ramalhete rubro de papoulas" e "O ramalhete rubro das papoulas", estes aparecem na posição central e final. No primeiro, Cesário utiliza o artigo indefinido "o", este tem o objectivo de não atribuir especial importância àquele ramalhete, no caso do último verso, o artigo é definido, pois nequele ramalhete há um valor único quando a mulher o coloca no decote.
Cesário adora a vida no campo, acha-a mais calma e sincera, as pessoas são ingénuas e puras, o que lhe suscita o enorme fascínio que é traduzido na sua poesia.
A primeira estrofe, descreve uma acção simples, "em todo o caso dava uma aguarela",faz lembrar algo parado, em que há pouco movimento e nada de anormal sucede. Cesário faz também neste verso uma ligação a uma imagem pictórica.
Na segunda estrofe, Cesário descreve e atribui espaço ao poema, "A um granzoal azul de grão-de-bico", mais uma vez, Cesário cria uma imagem no nosso pensamento, uma ideia do que representa.
Na terceira estrofe, Cesário faz uma pequena referência ao tempo em que se encontra e continua a sua descrição do espaço: "Pouco depois, em cima duns penhascos","Nós acampámos, inda o Sol se via".
Na última estrofe, Cesário utiliza a comparação e tenta expressar que algo de belo ocorreu "Dos teus dois seios como duas rolas".
No oitavo e no décimo sexto verso, aparecem os versos que dão mais centralidade ao poema, "um ramalhete rubro de papoulas" e "O ramalhete rubro das papoulas", estes aparecem na posição central e final. No primeiro, Cesário utiliza o artigo indefinido "o", este tem o objectivo de não atribuir especial importância àquele ramalhete, no caso do último verso, o artigo é definido, pois nequele ramalhete há um valor único quando a mulher o coloca no decote.
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